A contra-proposta


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Poderia escrever aqui sobre as eleições, sobre a derrota da Esquerda, da má-educação que a direita tem monstrado nos comentários que tem feito a este blog. Poderia aqui escrever no excelente resultado de Alegre, na desilusão de Soares e na derrota do PS, poderia escrever perguntando-me também porque raio os votos em branco não contam para o escrutínio o que, se tal tem acontecido, a Segunda Volta teria sido possível. Mas não, tudo isso já foi escrito e de forma mais bem elaborada do que aquela que alguma vez conseguiria fazer. Em vez disso prefiro dar os parabéns a todos aqueles que participaram na elaboração do blog. Pelas ideias, qualidade da escrita e pela atenção diária que uma coisa destas requer. Pessoas que apenas se conhecem por mail, outras que vivem entre dois países, e ainda outras que nem sequer habitam, de momento, em Portugal conseguiram colocar, na minha opinião, um dos blogues independentes (e sem estrelas mediáticas) mais interessantes destas eleições. Todo o Amor que temos por Portugal (e não apenas o ódio por Cavaco) mantiveram a chama acesa e, já mesmo depois das eleições, a tal chama parece querer resistir.

Agora coloca-se a pergunta, ou o dilema: continuar ou não continuar? Teremos nós estômago para estarmos atentos a Cavaco Em Belém? Não iremos confundir Cavaco com o resto da corja que tanto mal faz a Portugal? O que queremos fazer deste espaço conquistado ? Tal como Alegre tem 1 milhão de votos, nós também temos cerca 6500 visitantes desde o dia 2 de Novembro de 2005. O que fazer com esta audiência?

A minha contra-proposta, que também a faço não só aos membros do blogue, mas também aos que nos visitam (sim,sim, até a Vós, ò corja direitista, salazarenta e bafienta) é que tipo de blogue gostavam de ver aqui? Digam, opinem. Façam voz da vossa voz nos comentários abaixo.

Mas, ainda mesmo antes da resposta dos leitores penso que este espaço deve morrer ser assassinado! Talvez ressuscitado daqui a 5 anos, mas deve perdurar tal como foi pelo tempo. Alguém deve fechar a luz, e colocar um aviso na porta: “Os mesmos autores e ideias semelhantes encontram-se agora noutro local”. Ou seja, criar um novo blog, com o propósito de estarmos atentos ao que se passa na sociedade portuguesa. Aos podres, às injustiças, às investidas da Direita mais estúpida da Europa e da Esquerda mais conservadora do mesmo Continente. Temos mais que matéria para fazer nascer um novo blogue com o propósito de, contra Cavaco, Santana, Sócrates, Alberto João Jardim, Valentim Loureiro, e, sobretudo a favor de Portugal, podermos discutir e sermos activistas em prol do nosso país e do nosso futuro. É, a meu ver, chegada a altura da nossa geração, os filhos de Abril, fazer algo pelo nosso país.

Aceitam-se sugestões e contradições para esta ideia.
Abraço
Filipe Gil (fg)


9 Responses to "A contra-proposta"

  1. Anonymous Anónimo 

    O tempo do contra deve cessar, sob pena de sermos inconsequentes, como os velhos dos Marretas.
    Só com propostas argumentadas é possível atrair e construir alternativas e convergências.
    O movimento Alegre mostrou um caminho possível, deu esperança.
    Discordo do João Almeida quando apela a nos cingirmos a uma espécie de cão que morde as canelas do PR: não chega, é preciso apresentar alternativas; que não são, necessariamente, o reverso do que se critica (isso é preguiçosamente fácil).
    Em suma: novo(s) blogue(s), apoiando 1 movimento de cidadania pró-abertura da democracia a todos cidadãos, independentemente de terem ou não cartão de militante, pela abertura da agenda pública a temas sociais, culturais, ambientais, etc., para sairmos da exasperante fixação nas guerras do alecrim e manjerona do salão do poder.
    Dá mais trabalho, mas é também mais consequente.
    Não caiamos na armadilha de partirmos pedra em benefício de certos partidos; construamos, antes, para a comunidade.

  2. Blogger JMA 

    Amigo Daniel,

    Mesmo considerando e reconhecendo a importância de um blog, não consigo acreditar que um blog consiga organizar ou ser porta-voz de um movimento de cidadania. Lá chegaremos, tal como os jornais foram fundadores de várias coisas no final do séc XIX e princípios do séc XX, os blogs, ou melhor, a internet desempenhará esse papel no séc XXI. Por ora, acho que a coisa ainda não madurou o suficiente. Muito menos considero que este blog seja casa de partida para um blog de apoio ao quer que seja.

  3. Anonymous Anónimo 

    PATÉTICOS, SIMPLESMENTE PATÉTICOS...

  4. Blogger JMA 

    Olá anónimo!
    já tava com saudades

  5. Anonymous Anónimo 

    Caro João: tresleste-me completamente. Ademais, não apresentaste argumentos, tão-só a ladaínha da imaturidade, já tão estafada (e, por regra, usada para dizer que certos povos não merecem a democracia, por serem atrasados).
    Nem pater nem pombo-correio, tresleste-me, João: é só + 1 blogue, mas construtivo e não reactivo, que aposte na promoção da cidadania, junto com outros, procurando convergências e não enclausurando-se em capelinhas, velha pecha tão portuguesinha.
    Última tresleitura: eu não sugeri que o blogue fosse de apoio a nada, apenas à cidadania, sabes mt. bem q sou independente, apartidário e não militei por nenhuma candidatura.
    Repito: reduzir 1 blogue (ou a participação cívica, em geral), a instrumento meramente reactivo é que é limitar a capacidade de intervenção no espaço público.
    Para mim, o repto válido é buscar a convergência e a alternativa argumentada.

  6. Blogger JMA 

    ena! ganda gozo! tu tb me tresleste!
    A minha única argumentação era sobre o que eu penso ser o verdadeiro impacto dos blogs e da internet. Sobre o que comentas não produzi argumentação, só declarei.
    Agora, sem te tresler, porque o fiz, acho que pode ser um blog que rosne a cada aparição do cavaco e, dando-te razão e mostrando que te já percebi, também pode ser um blogue propositivo. embora me sinta com vontade de por aqui apenas rosnar (mas essa vontade tb muda).
    e porque me apetece, tb te digo que com as minhas várias militâncias cívicas (partidárias e apartidárias) sabes que tento construir participação, convergência e proposta.

  7. Blogger Carlos Diniz 

    Se questionas qual a razão de os votos brancos e nulos não sejam contabilizados, contestas a Constituição (eu também não me agrada nada o artigo 1º "Portugal é uma república......"). Ninguém teve o decoro de convocar um referendo para auscultar vontades. Mas não aí que quero enveredar. Apenas me repugnam os que não aceitam a vontade popular legitimamente expressa.
    Quanto fel se destila, quantas frustações se revelam.
    Haja pachorra!

  8. Blogger Filipe Gil 

    Um Monárquico por aqui? Que horror, que falta de gosto? Espero que não tenha votado nas presidênciais, senão passa já a republicano!

    Detesto monárquia, só serve para gastar dinheiro. E sim, sou daqueles que no dia 5 de Outubro tenho o maior orgulho de ser Português e Republicano.

    Viva a República!

  9. Blogger Carlos Diniz 

    Monárquico com muito orgulho. Não que advogue as convicções de Sardinha (sabes quem é? [divudo]).
    Nem me revejo no Duarte Pio.
    Se queres mais conversa, encontramo-nos no meu blog. Embora duvide que queiras lá ir para discutirmos os defeitos e as benesses do regime monárquico.
    Se tiveres coragem, aparece.

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Quem somos?

    Fazemos parte de uma geração que nasceu politicamente com Cavaco Silva como Primeiro-Ministro. Organizámos e participámos em manifestações, vigílias e reuniões por um mundo que sabíamos não dever ser dominado por um gestor iluminado que com discursos de rigor escondia o desenhar da crise em que continuamos a viver. Porque temos memória, não esquecemos Cavaco, tal como não esquecemos os seus ministros. Não esquecemos as violentas cargas polícias sofridas, pelas escadarias da Assembleia da República e dentro das Universidades. Não esquecemos o spot da TSF que, da ponte 25 de Abril, lançava o grito para que "gajos ricos, gajos pobres"; se juntassem. Não esquecemos os políticos que Cavaco formou e que o continuaram; Durão Barroso, Santana Lopes, Valentim Loureiro, Isaltino Morais ou Alberto João Jardim. Não esquecemos em Cavaco, o contínuo desrespeito por tudo o que era cultura, arte ou memória. E também não esquecemos aquele dia em que Cavaco perdeu e que nos deixou reentrarmo-nos em torno das nossas vidas. Fomos desobedientes naquela altura e agora torna a ser necessário voltar a sê-lo!

    Ana
    Carlos Guedes [G.]
    Filipe Gil
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    João Paulo Saraiva
    Nuno Espadinha
    Tiago Mota Saraiva
    Z. N.

Centro de Estudos do Cavaquismo

    Quem faz uma procura na Internet sobre os anos em que este país viveu sob a égide de Cavaco, encontra muito pouca informação, quase nada. O Cavaco Fora de Belém é um blogue que pretende reavivar as memórias do que foi esse período negro da história de Portugal. Para tal propomo-nos recolher relatos, documentos, arquivos, imagens ou videos em formato digital, que nos permitam construir a história desse período e colocá-la online. Os vossos contributos, vindo directamente das caves e dos sotãos da história, podem ser enviados para este email: cavacoforabelem (@) gmail | com

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