O pior dos piores


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Quando Cavaco se apercebeu de que o povo português lhe ia retirar o tapete da maioria que por duas vezes lhe havia estendido resolveu retirar-se da vida política e, simultaneamente, da vida partidária. Acabavam assim os anos do «cavaquismo».
É certo que mesmo que tivesse concorrido Cavaco teria perdido muito mais do que a maioria parlamentar. E é óbvio que isso também ele o sabia.
Dos governos de Cavaco fica a imagem de uma família reunida em torno do patriarca. Soberano e omnipresente, era Cavaco quem mandava.
Guterres era o líder do PS e, consequentemente, da Oposição. Viu, assim, cair-lhe nos braços um país. E ele tinha que o governar. O aparelho do PS mexeu-se e ao Governo do Engenheiro iria parar muito do que há de pior no PS. Depois já se sabe o que aconteceu. Guterres e os seus pares não governaram. Dialogaram, dialogaram tanto que seis anos depois o povo voltou a acreditar nas promessas alarnajadas de Durão Barroso, actualmente mais conhecido como José Manuel Barroso.
Do «guterrismo» sobram memórias da falta de eficácia governativa, da falta de unidade da esquerda portuguesa e, também, de um mau Governo. Convenhamos, Guterres tinha Ministros que lhe faziam sombra e que, provavelmente, tinham mais poder de decisão do que ele próprio. Por outro lado, tinha outros muito, muito fracos.
Vistas bem as coisas, Guterres não foi o pior do «guterrismo». Agora Cavaco, disso não tenho dúvidas e certamente que não me engano, foi e é o pior do «cavaquismo»!


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Quem somos?

    Fazemos parte de uma geração que nasceu politicamente com Cavaco Silva como Primeiro-Ministro. Organizámos e participámos em manifestações, vigílias e reuniões por um mundo que sabíamos não dever ser dominado por um gestor iluminado que com discursos de rigor escondia o desenhar da crise em que continuamos a viver. Porque temos memória, não esquecemos Cavaco, tal como não esquecemos os seus ministros. Não esquecemos as violentas cargas polícias sofridas, pelas escadarias da Assembleia da República e dentro das Universidades. Não esquecemos o spot da TSF que, da ponte 25 de Abril, lançava o grito para que "gajos ricos, gajos pobres"; se juntassem. Não esquecemos os políticos que Cavaco formou e que o continuaram; Durão Barroso, Santana Lopes, Valentim Loureiro, Isaltino Morais ou Alberto João Jardim. Não esquecemos em Cavaco, o contínuo desrespeito por tudo o que era cultura, arte ou memória. E também não esquecemos aquele dia em que Cavaco perdeu e que nos deixou reentrarmo-nos em torno das nossas vidas. Fomos desobedientes naquela altura e agora torna a ser necessário voltar a sê-lo!

    Ana
    Carlos Guedes [G.]
    Filipe Gil
    João Miguel Almeida
    João Paulo Saraiva
    Nuno Espadinha
    Tiago Mota Saraiva
    Z. N.

Centro de Estudos do Cavaquismo

    Quem faz uma procura na Internet sobre os anos em que este país viveu sob a égide de Cavaco, encontra muito pouca informação, quase nada. O Cavaco Fora de Belém é um blogue que pretende reavivar as memórias do que foi esse período negro da história de Portugal. Para tal propomo-nos recolher relatos, documentos, arquivos, imagens ou videos em formato digital, que nos permitam construir a história desse período e colocá-la online. Os vossos contributos, vindo directamente das caves e dos sotãos da história, podem ser enviados para este email: cavacoforabelem (@) gmail | com

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