o desvio...
Tanto em Macedo de Cavaleiros como em Mirandela, o ex-primeiro-ministro enviou uma série de recados a José Sócrates.
"Estou convencido que o povo não compensa quem passa a vida a atacar a minha pessoa", afirmou em Macedo de Cavaleiros. Depois de desvalorizar os ataques, rematou: "Eu irei mesmo esquecer todas essas afirmações de natureza partidária." Horas depois haveria de invocar o nome do Governo quando falava sobre a necessidade do combate à corrupção e clientelismo. Depois de ter defendido que um Executivo devia cumprir o mandato até ao fim - "fazendo, assim o esperamos, aquilo que prometeu" -, Cavaco recorreu a uma sua frase habitual, embora com uma nuance importante: "O Governo tem que estar inequivocamente [palavra soletrada] ao serviço do bem comum, ao serviço de todos os portugueses." Até ontem, Cavaco referia o Estado em vez do "Governo". O candidato foi mesmo ao ponto de sugerir, subrepticiamente, um caderno de encargos ao Executivo. "Ainda há muito por fazer", afirmou no almoço em Mirandela. Recorreu igualmente ao IP4 para dar a entender que a política do betão não estava esgotada: "Não encontro muita explicação para o IP4 se encontrar onde o deixei precisamente há dez anos." Afirmou ainda que o desenvolvimento rural fazia "parte da nossa tradição cultural" e da "nossa identidade nacional".[ do jornal Público de hoje, 2006/01/17 - Nacional :: "Cavaco Silva dispara tiro de aviso ao Governo", Nuno Sá Lourenço ]
O ministro das Obras Públicas e Transportes criticou, ontem, em Viseu, Cavaco Silva, que acusou de ter tiques e "querer dar uma táctica ao Governo, quando essa não é a função de um PR". "Cavaco Silva diz que apoiará todas as medidas do Governo com as quais ele concorda. Mas o Governo é que pode não concordar com muitas medidas com que ele concorda. E quem governa é o Governo e não o Presidente", disse o ministro, que pela primeira vez na campanha de Soares nomeou o candidato da direita.
Nas funções de um chefe de Estado não consta também a missão de dar tácticas ao Executivo, afirmou. "O Presidente não é eleito para dar uma táctica ao Governo e se Cavaco tivesse uma boa táctica para dar não teria saído do Governo e ainda hoje lá estaria", sublinhou....
O dia começou com um almoço entre amigos, na zona de Tarouca, que apenas contou com estruturas locais e elementos da candidatura, como José Junqueiro, presidente da federação distrital socialista, e o antigo presidente da Assembleia da República pelo PSD Fernando Amaral.
Como explicou, as razões do seu apoio a Soares são "íntimas e pessoais": "Quando fui presidente da AR convivi quer com Cavaco Silva, quer com Soares e, cotejando os comportamentos de um e outro, não poderia agora seguir a orientação do meu partido." [ do jornal Público de hoje, 2006/01/17 - Nacional :: "Ministro Mário Lino ataca candidato da direita", Fernanda Ribeiro ]
Afinal e como era de esperar o candidato de direita começa a mostrar de novo o que entende por cooperação e diálogo.
argh! :-(
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