Portugal, Portugal - Jorge Palma


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Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar



Sem dar conta, traulitava esta música ao som dos comentários dos nossos leitores de última hora


5 Responses to "Portugal, Portugal - Jorge Palma"

  1. Anonymous Anónimo 

    Continuação da antologia sem música

    Falas de civilização...

    Falas de civilização, e de não dever ser,
    Ou de não dever ser assim.
    Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
    Com as coisas humanas postas desta maneira,
    Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
    Dizes que se fossem como tu queres, seriam melhor.
    Escuto sem te ouvir.
    Para que te quereria eu ouvir?
    Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
    Se as coisas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
    Se as coisas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
    Ai de ti e de todos que levam a vida
    A querer inventar a máquina de fazer felicidade!

    Alberto Caeiro

  2. Anonymous Anónimo 

    Oceano Nox
    Junto do mar, que erguia gravemente
    A trágica voz rouca, enquanto o vento

    Passava como o vôo do pensamento
    Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
    Junto do mar sentei-me tristemente,
    Olhando o céu pesado e nevoento,
    E interroguei, cismando, esse lamento
    Que saía das coisas, vagamente...

    Que inquieto desejo vos tortura,
    Seres elementares, força obscura?
    Em volta de que ideia gravitais?

    as na imensa extensão, onde se esconde
    O Inconsciente imortal, só me responde
    Um bramido, um queixume, e nada mais...

    Antero de Quental o 1º socialista

  3. Blogger tms 

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

  4. Blogger tms 

    É prosa, mas é de poeta:

    "(...) porque Cavaco simboliza aquilo que mais náuseas me provoca: a banalização de tudo, o sucesso ranhoso e vazio, o atropelo dos valores e das pessoas, o autoritarismo descabelado, a demagogia, o nacional-carreirismo e os favores, a aldrabice e a cunha, a indiferença, o elogio da pirosice, a ignorância e a escandalosa nulidade cultural, etc, etc..."

    Al berto, "NEM MAIS - jornal do movimento de jovens apoiantes incondicionais de sampaio", 1995

  5. Anonymous Anónimo 

    O Povo é quem mais ordena e o Povo ordenou CAVACO PRESIDENTE DA REPUBLICA por muito k voces queiram nunca o vão deitar abaixo seus filhos da puta

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Quem somos?

    Fazemos parte de uma geração que nasceu politicamente com Cavaco Silva como Primeiro-Ministro. Organizámos e participámos em manifestações, vigílias e reuniões por um mundo que sabíamos não dever ser dominado por um gestor iluminado que com discursos de rigor escondia o desenhar da crise em que continuamos a viver. Porque temos memória, não esquecemos Cavaco, tal como não esquecemos os seus ministros. Não esquecemos as violentas cargas polícias sofridas, pelas escadarias da Assembleia da República e dentro das Universidades. Não esquecemos o spot da TSF que, da ponte 25 de Abril, lançava o grito para que "gajos ricos, gajos pobres"; se juntassem. Não esquecemos os políticos que Cavaco formou e que o continuaram; Durão Barroso, Santana Lopes, Valentim Loureiro, Isaltino Morais ou Alberto João Jardim. Não esquecemos em Cavaco, o contínuo desrespeito por tudo o que era cultura, arte ou memória. E também não esquecemos aquele dia em que Cavaco perdeu e que nos deixou reentrarmo-nos em torno das nossas vidas. Fomos desobedientes naquela altura e agora torna a ser necessário voltar a sê-lo!

    Ana
    Carlos Guedes [G.]
    Filipe Gil
    João Miguel Almeida
    João Paulo Saraiva
    Nuno Espadinha
    Tiago Mota Saraiva
    Z. N.

Centro de Estudos do Cavaquismo

    Quem faz uma procura na Internet sobre os anos em que este país viveu sob a égide de Cavaco, encontra muito pouca informação, quase nada. O Cavaco Fora de Belém é um blogue que pretende reavivar as memórias do que foi esse período negro da história de Portugal. Para tal propomo-nos recolher relatos, documentos, arquivos, imagens ou videos em formato digital, que nos permitam construir a história desse período e colocá-la online. Os vossos contributos, vindo directamente das caves e dos sotãos da história, podem ser enviados para este email: cavacoforabelem (@) gmail | com

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