A contra-proposta


Poderia escrever aqui sobre as eleições, sobre a derrota da Esquerda, da má-educação que a direita tem monstrado nos comentários que tem feito a este blog. Poderia aqui escrever no excelente resultado de Alegre, na desilusão de Soares e na derrota do PS, poderia escrever perguntando-me também porque raio os votos em branco não contam para o escrutínio o que, se tal tem acontecido, a Segunda Volta teria sido possível. Mas não, tudo isso já foi escrito e de forma mais bem elaborada do que aquela que alguma vez conseguiria fazer. Em vez disso prefiro dar os parabéns a todos aqueles que participaram na elaboração do blog. Pelas ideias, qualidade da escrita e pela atenção diária que uma coisa destas requer. Pessoas que apenas se conhecem por mail, outras que vivem entre dois países, e ainda outras que nem sequer habitam, de momento, em Portugal conseguiram colocar, na minha opinião, um dos blogues independentes (e sem estrelas mediáticas) mais interessantes destas eleições. Todo o Amor que temos por Portugal (e não apenas o ódio por Cavaco) mantiveram a chama acesa e, já mesmo depois das eleições, a tal chama parece querer resistir.

Agora coloca-se a pergunta, ou o dilema: continuar ou não continuar? Teremos nós estômago para estarmos atentos a Cavaco Em Belém? Não iremos confundir Cavaco com o resto da corja que tanto mal faz a Portugal? O que queremos fazer deste espaço conquistado ? Tal como Alegre tem 1 milhão de votos, nós também temos cerca 6500 visitantes desde o dia 2 de Novembro de 2005. O que fazer com esta audiência?

A minha contra-proposta, que também a faço não só aos membros do blogue, mas também aos que nos visitam (sim,sim, até a Vós, ò corja direitista, salazarenta e bafienta) é que tipo de blogue gostavam de ver aqui? Digam, opinem. Façam voz da vossa voz nos comentários abaixo.

Mas, ainda mesmo antes da resposta dos leitores penso que este espaço deve morrer ser assassinado! Talvez ressuscitado daqui a 5 anos, mas deve perdurar tal como foi pelo tempo. Alguém deve fechar a luz, e colocar um aviso na porta: “Os mesmos autores e ideias semelhantes encontram-se agora noutro local”. Ou seja, criar um novo blog, com o propósito de estarmos atentos ao que se passa na sociedade portuguesa. Aos podres, às injustiças, às investidas da Direita mais estúpida da Europa e da Esquerda mais conservadora do mesmo Continente. Temos mais que matéria para fazer nascer um novo blogue com o propósito de, contra Cavaco, Santana, Sócrates, Alberto João Jardim, Valentim Loureiro, e, sobretudo a favor de Portugal, podermos discutir e sermos activistas em prol do nosso país e do nosso futuro. É, a meu ver, chegada a altura da nossa geração, os filhos de Abril, fazer algo pelo nosso país.

Aceitam-se sugestões e contradições para esta ideia.
Abraço
Filipe Gil (fg)

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Proposta


Esta posta é dirigida aos meus companheiros de blog e aos leitores deste blog.

Guardo-me para nos próximos dias postar a minha leitura sobre as eleições e a campanha, entretanto deixo esta proposta.

Os PR's antecedentes tiveram os seus mandatos muito pouco esquadrinhados (a direita é que foi preguiçosa). No entanto, esses mandatos, tiveram momentos mais e menos felizes. Da presidência do Eanes não me recordo e o que sei é de ler e de ouvir contar (de qq forma tinha poderes diferentes até 82), mas de soares e sampaio recordo-me bem. Soares fez um primeiro mandato consensual e preocupado com a re-eleição e no segundo esteve na primeira linha contra cavaco, pelo contrário sampaio teve mandatos mais iguais com uma leitura muito estrita da constituição. Soares teve devaneios de prepetuação do poder, sampaio sai como homem comum, de acordo com a tal leitura estrita. Soares entusiasmou mais, mas sampaio teve, com as suas hesitações e cautelas, o mandato mais isento do pós 25 de abril, por vezes exasperadamente isento.
Isto tudo para dizer que os poderes e actuação do PR podem e devem ser seguidos pelos eleitores e opinião pública, o que normalmente nos abstemos de o fazer originado sondagens com uma aceitação da actividade presidencial entre os 60 e 70%, o que creio é derivado da preguiça de reflectir sobre os actos do PR. Mas os anteriores PR's (eanes é demasido complexo, principalmente no seu 1º mandato) foram eleitos pela esquerda e poratnto o papel de vigilante cabia à direita.
Como este blog teima em persistir, proponho que não só mantenha o seu nome: "Cavaco fora de Belém"; como se mantenha activo comentando e desmascarando as jogadas e manobras que a direita neoliberal tentará fazer a partir de belém. Desta forma continuamos a fazer o que fizémos desde novembro até sexta-feira passada, campanha para pôr o cavaco fora de belém.

Cinco anos vão ser suficientes, cavaco fora de belém!

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Um acordar desgraçado


De Dili, notícias de quem se recorda.

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Se para as contas finais, tivessem contado os votos brancos e nulos, Cavaco não teria sido eleito à primeira volta.

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Cavaco


Para quem sempre fez política, mas nunca dela viveu é pelo menos irónico, olhar para Cavaco que nunca se assumiu como político, mas sempre viveu como tal. Por isso, mas não só por isso, não inicio este texto pós-eleitoral, por saudar o novo Presidente da República.
Penso que Portugal, embora votando em liberdade, votou mal. Portugal votou esquecido, num candidato que apenas procurou não emitir opiniões, para que ninguém se recordasse do que é, e representa. Portugal votou esquecido, no candidato que sempre procurou esconder as bandeiras que lhe estiveram por trás, os partidos que o apoiam e os interesses que protagoniza (e que se revelaram imediatamente após o anúncio da vitória). Portugal votou de olhos tapados por uma candidatura que os media diziam vencedora por 55%, 60 ou 63% e depois apenas teve 50,6% dos votos e 49,66% dos votos expressos - se contarmos com brancos e nulos. Portugal ficou a perder.
Cavaco não é, nem será o Presidente de todos os portugueses. Cavaco Silva é um Presidente que divide Portugal em dois. Eu continuarei por aí. Sempre do outro lado.

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Correio dos Leitores



10 anos de ilusões, seguidos de 10 anos de silêncio: o que lá virá? (balanço politicamente incorrecto)


Eis um balanço para reflexão sobre as presidenciais, a política e o que aí vem, ou o que queremos construir:
Louçã: já não tem um movimento, só um partido com muitos dos vícios dos que critica (incluindo o carreirismo, a intromissão no associativismo, abandono do frentismo, etc.), mantém ainda boas propostas (segurança social, etc.);
Jerónimo: o vencedor do campeonato da 2.ª circular, deu alguma afectividade e humanidade a uma engrenagem, o que é obra;
Soares: afinal sempre travou o passeio na Avenida, mas foi o de Alegre, que o Cavaco não vai a desfiles de 25 de Abril e gosta de praças imperiais;
Alegre: propôs-se como provedor do cidadão (e é isso que deve ser um PR), evocou cidadãos livres, e tentou aprofundar a democracia reduzindo a partidarite reinante; está agora na encruzilhada: como refundar a esquerda, um partido efectivamente de esquerda democrática, ou tão-só reforço de movimentos cívicos de pressão sob os partidos e a agenda política, ou ambos?
Cavaco: eleitoralismo, silêncio e providencialismo, eis a receita; é uma mezinha duvidosa que alguns julgam miraculosa.
A 10 anos de ilusões (patente num desenvolvimento desequilibrado maquilhado por aumentos salariais pré-eleições, etc., e na assunção obsessiva da paternidade duma fase de crescimento devida sobretudo a boa conjuntura internacional), seguiram-se 10 anos de quase silêncio, frases sibilinas, assassinas da política de outros, o que virá lá agora? Por ora, temos um vira à minhota, com o PM a dar o braço (e a revelar o seu lado arrogante na sobreposição retaliadora à intervenção pública do 2.º melhor candidato presidencial, aqueles que pelos vistos o PS devia ter apoiado).
E as forças progressistas, terão força para se reformar e assim ajudar a refundar a política à portuguesa, ou preferem manter uma obsoleta paisagem política, em que os partidos monopolizam o espaço público (obstaculizando o livre e autónomo aprofundamento da sociedade civil e das suas associações voluntárias, desvalorizando as agendas sociais, culturais, ambientais e cívicas), ainda por cima, arrastando-se em programas incongruentes: um PCP é socialista-estatizante, um BE era um movimento dito frentista e agora é tão-só mais outro partido, um PS é social-democrata/ neo-liberal e um PSD é neo-liberal centrista de direita e um PP é centrista/neo-liberal/social-cristão?
É esta a encruzilhada.

PS: A ler, com atenção, é o balanço “Presidenciais: o fim da "coisa" & o "santinho" de Boliqueime”, em http://www.almocrevedaspetas.blogspot.com.


Daniel Melo

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A Luta Continua!



Fim da Colecção



E domingo vai votar para ficarmos todos dispensados de ter o coiso em belém

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O último cromo do coiso



Vicios Cavaquistas: os portugueses VIP


Estava agora mesmo a ouvir na RDP que, no Pavilhão Atlântico, existia uma zona VIP devidamente marcada que separava os apoiantes importantes de Cavaco e os outros...

Ainda antes de ir à votos, o Cavaquismo puro e duro mostra a sua verdadeira face. Para os cavaquistas e Cavaco há portugueses VIP e outros que nem por isso, há portugueses de primeira e há os outros. É isso que também está em causa no Domingo. Queremos um Portugal só para alguns, ou para todos???

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Um post mais pessoal


A Amélia vai nascer em Maio... ou Abril (mas isso são coisas entre ela e a mãe). Nascerá, com certeza nestes meses de Primavera, que em Portugal também simbolizam a Liberdade. Porque penso nela e no país no qual ela irá nascer, NÃO VOTO CAVACO!

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Votar


Contra os que, sem humildade, julgam que só eles sabem o que é um Portugal Maior, todos, Com Coragem para Mudar de Rumo, Olhos nos Olhos, com Toda a Confiança, Pelo Poder dos Cidadãos e Por Portugal, vamos todos, no próximo Domingo, votar na esquerda!

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Perguntam-me sobre a relevância dos votos nulos e brancos na eleição presidencial. A Constituição resolve expressamente a questão no art. 126º. Na 1ª volta só haverá eleição se um dos candidatos obtiver "mais de metade de votos validamente expressos". Quanto aos votos nulos, não pode haver dúvidas de que estão excluídos, visto não serem votos válidos. Quanto aos votos brancos, a Constituição estabelece que também não contam, seguramente por considerar que não são votos expressos. Portanto, nem os votos nulos nem os votos brancos contam para o apuramento da maioria absoluta; só contam os votos válidos num dos candidatos. Por isso, para que um candidato seja eleito à 1ª volta, basta que tenha mais votos do que os demais candidatos juntos.Numa eventual segunda volta, que é disputada apenas entre os dois candidatos mais votados na primeira volta, ganha o candidato que tiver mais votos. Ficando de novo fora da contagem os votos nulos e os brancos, o vencedor tem sempre mais de metade dos votos validamente expresos. Em suma, tal como sucede nas demais eleições, os votos nulos e brancos são irrelevantes na eleição presidencial, salvo o seu significado político, se o seu número for anormalmente elevado.
Vital Moreira in Causa Nossa

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Para Continuar...


Caros Leitores,

Se querem que este blog continue por mais três semanas, já sabem o que têm a fazer:
No domingo ir votar contra o cavaco!

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Últimos cartuchos!


A campanha está a chegar ao fim. A direita preparou meticulosamente uma candidatura revanchista com o objectivo escondido de preparar uma revisão dos poderes presidenciais fora do parlamento. A esquerda, da forma mais trapalhosa que há memória, arrancou tarde com 5 candidaturas com o objectivo de derrotar o cavaco.
Domingo vamos a votos. Ao contrário da conversa de à três meses não vão ser favas contadas. A proliferação de candidaturas à esquerda vai contribuir para aumentar a participação eleitoral e garantir (eu acredito!) a 2ª volta. Na 2ª volta o único lugar marcado é o de cavaco mas que não lhe garante a vitória três semanas depois.
Domingo vamos a votos. Este blog só promoveu o voto contra o cavaco, apelamos ao voto em qualquer um dos outros candidatos, pelos critérios que cada um encontrar. É importante votar. A abstenção não serve, os brancos e os nulos não contam. Vá votar! Vote contra o cavaco que cá nos encontraremos para a 2ªvolta!

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Ainda pensa em votar cavaco?


De um PR não se espera um programa político. De um PR espera-se que o conjunto de valores que ele representa contribuam para o fortalecimento da democracia, a coesão social e a unidade do país. De um PR espera-se que defenda a liberdade e a igualdade. De um PR espera-se que garanta o cumprimento da constituição.
O cavaco, obviamente, não cabe aqui!

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Ainda pensa em votar cavaco?


E o que fará o Cavaco se lhe aparecer um referendo sobre o aborto? E se lhe aparecer uma lei que o legalize até às 12 semanas?
VETARÁ!

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Citando Pacheco Pereira




Tiveste gente de muita coragem
E acreditaste na tua mensagem
Foste ganhando terreno
E foste perdendo a memória

Já tinhas meio mundo na mão
Quiseste impor a tua religião
E acabaste por perder a liberdade
A caminho da glória

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Tiveste muita carta para bater
Quem joga deve aprender a perder
Que a sorte nunca vem só
Quando bate à nossa porta

Esbanjaste muita vida nas apostas
E agora trazes o desgosto às costas
Não se pode estar direito
Quando se tem a espinha torta

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Fizeste cegos de quem olhos tinha
Quiseste pôr toda a gente na linha
Trocaste a alma e o coração
Pela ponta das tuas lanças

Difamaste quem verdades dizia
Confundiste amor com pornografia
E depois perdeste o gosto
De brincar com as tuas crianças

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar

Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar



Sem dar conta, traulitava esta música ao som dos comentários dos nossos leitores de última hora

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Os Cromos do Coiso



A República vai fazer 100 anos


E querem que o coiso, a quem lhe é indiferente viver em monarquia ou em república, presida às comemorações dos 100 anos da república?
Que nojo!

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Ontem um anonymous, ali em baixo, sugeriu que eu era leninista, o que me dá graça, e sugeriu que não teríamos 3 razões para não votar cavaco. Pois bem aqui deixo seis:

1- O cavaco é como o Iznogud que quer ser califa no lugar do califa. O cavaco em belém vai estar sempre a pensar que está em s. bento;

2- O cavaco é um amanuense, que como se viu de 85 a 95, sabe contar trocos mas não percebe nada de investimento;

3- O cavaco não vai respeitar a constituição, não a respeitou quando era PM e agora quer convencer-nos que será o garante da constituição;

4- O cavaco não é um democrata. É-o apenas no formalismo. Tentou não emitir opinião para não se comprometer e ter as mãos livres para fazer o que quer;

5- O cavaco é o homem da regisconta, nasceu no ano económico de 1939/40 e acha que a cultura se encontra no google;

6- O cavaco é misógino, serôdio, bafiento e de certeza que usa camisola interior e dobra o pijaminha.

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Os Cromos do Coiso



Frase do dia


Cavaco Silva tem tanta profundidade a cantar a “Grândola, vilamorena” como tem a cantar o “Apita o comboio”, por JERÓNIMO DE SOUSA*


*note-se que esta não é uma declaração de apoio a J. de Sousa, mas sim uma frase inteligente que servirá para derrubar ainda mais Cavaco!

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Os Jotas #2


Os Cavaquinhos:

A “juventude” – é assim que eles se identificam – que apoia Cavaco passou o dia (terça-feira) a beber cerveja e entoar cânticos hooliganescos. Não espanta, por isso, a forma como reagiram à provocação em Coimbra, in Público, 19-01-2006

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Os jotas



Não dormirás descansado



Na segunda volta...


...contra este:


...até este:

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Um post trendy


Porque será que o mainstream dos opinionmakers não comenta o facto de nas duas últimas semanas na poll da Marktest, Cavaco Silva ter descido de 61,00% (dia 10 de Janeiro) para 52,70% (19 de Janeiro)?
E por acaso há outra cena cool na sondagem. A malta mais jovem é quem vota menos em Cavaco!

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Todos os Votos Contam


Não procurem o candidato perfeito,
porque não há!
Não procurem o candidato desejado,
porque não há!
Não procurem o candidato salvador,
porque não há!
Não procurem o candidato iluminado,
porque não há!

Há vários candidatos. Escolham pela cor dos olhos, pelo tom de voz, pela idade, pelo corte de fazenda, pelo piriquito, pela marca dos óculos, ou por os não ter, pela gravata, pelo site, escolham por qualquer coisa.

Há-de haver qualquer coisinha que achem simpático. Por mais pequena que seja. Qualquer coisinha assim, pequenina. Afinal são seres humanos, há-de haver qualquer coisa que vos diga: este é o meu candidato!

O importante é encontrarem um! E votarem nesse ou noutro qualquer. O importante é votar, sem votar no cavaco!

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O Coiso está disposto a tudo!


Reproduzo uma posta antiga, com algumas actualizações, para iniciar os três últimos dias de campanha. Daqui em diante só o apelo descarado e desbragado ao voto conta.


No site da candidatura do Cavaco estive a ler o "MANIFESTO - AS MINHAS AMBIÇÕES PARA PORTUGAL"

A cada tópico deste documento apeteceu-me fazer comentários muito curtos, aqui vão:

"Reforço da qualidade da nossa democracia"
Nada como os esses dez anos de asfixia que se viveram com manifestações, greves e protestos resolvidos à bastonada. Com o SIS a trabalhar por conta, escutas no gabinete do Procurador Geral da República e agentes infiltrados no movimento estudantil.
"Aproximação aos níveis de desenvolvimento da União Europeia e de Espanha"
Diz que nesses dez anos nos aproximámos da Europa e da Espanha. À custa de quê? Do aumento do consumo permitido pelo desbaratar dos fundos comunitários. Como se gastou o dinheiro em vez de se o utilizar é que hoje nos afastamos.
"Aumento da qualificação dos recursos humanos"
Esses dez anos que de tão pacíficos nas escolas hoje já não termos problemas na educação e na formação profissional!
"Melhoria da organização do território e da qualidade ambiental e desenvolvimento cultural"Como se durante esses dez anos se tivesse invertido a destruição da costa, o despovoamento do interior, as desafectações da RAN e da REN, como se a cultura tivesse sido um investimento.
"Construção de uma sociedade mais justa e solidária"
Tal como nesses dez anos em que apareceram os sem abrigos e em que o "modelo de sucessso" era pagar salários baixos e andar de ferrari!
"Portugal protagonista activo e credível na cena internacional"
Era tão activo e credível que nesses dez anos não passou de bom aluno. Que é como quem diz: faz o que te mandam e não abras a boca!
"Uma magistratura activa no respeito pelos poderes previstos na Constituição"
Que durante esses dez anos foi respeitada nos direitos sociais (taxas moderadoras na saúde, propinas na educação, descapitalização da Segurança Social), nos direitos políticos (bastonadas e requisições civis) e até no debate político, ou acham que chamar forças de bloqueio às instituições da República é respeitar a Constituição?

Ainda é preciso mais para se perceber que a única coisa que o move é o revanchismo e que está disposto a tudo?

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Os Cromos do Coiso



De uma anónima beleza


A dificuldade em arranjar bons argumentos em prol do professor leva a que os blogues que o apoiam procurem reproduzir textos bem escritos de apoio. Aqui vos deixo um comentário de uma anónima posto num blog que apoia Cavaco - Complexidade e Contradição, sobre um post de outro blogue que apoia Cavaco - Hardblog.

O onanismo livra-nos da realidade! Fantasiar sobre a excelência da tribo num registo mais que perfeito é sol enganador que se confunde com a mitologia que se critica. Cheira a mofo e intolerãncia. Cheira a discriminação, racismo, chauvinismo, nacionalismo, hedonismo. Somos tão bons, tão felizes, tão lúcidos, sabedores, modernos, desassombrados. Votamos no Cavaco! que lhes faça bom proveito...Não és tu, eu ou ele que revelarão a verdade. e, por mais que declines o verbo associado ao substantivo "gente" verás, meu amigo, que a tua verdade topará sempre com a realidade fascinante que só verás no declínio do desejo.Aí, encontrarás a incontornável negatividade estética do teu candidato, não por ser simplesmente feio - isso não conta - mas porque é anjo com pés de barro, sustentado pelo caldeirão da direita rançosa que acarinha os servos da gleba.De resto, a direita portuguesa é fértil em homens feios - perdoa-me o desabafo feminino - que exigem mulheres bonitas, segurando-lhes a pança sobrealimentada, no intervalo dos negócios, pelo que será por isso, presumo que não se importam de apoiar Cavaco. Quanto ao povo... ainda está muito feio!

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Emigração a Bem da Nação!


Não! A solução não é a emigração, a solução é fazê-los emigrar!
O cherne foi para bruxelas, o portas está a caminho da américa, vamos devolver o coiso a york.

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humor


no A vida é uma festa podem ouvir o Cavaco em discurso directo.

que nódoa...

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citações...


o desvio...

Tanto em Macedo de Cavaleiros como em Mirandela, o ex-primeiro-ministro enviou uma série de recados a José Sócrates.
"Estou convencido que o povo não compensa quem passa a vida a atacar a minha pessoa", afirmou em Macedo de Cavaleiros. Depois de desvalorizar os ataques, rematou: "Eu irei mesmo esquecer todas essas afirmações de natureza partidária." Horas depois haveria de invocar o nome do Governo quando falava sobre a necessidade do combate à corrupção e clientelismo. Depois de ter defendido que um Executivo devia cumprir o mandato até ao fim - "fazendo, assim o esperamos, aquilo que prometeu" -, Cavaco recorreu a uma sua frase habitual, embora com uma nuance importante: "O Governo tem que estar inequivocamente [palavra soletrada] ao serviço do bem comum, ao serviço de todos os portugueses." Até ontem, Cavaco referia o Estado em vez do "Governo". O candidato foi mesmo ao ponto de sugerir, subrepticiamente, um caderno de encargos ao Executivo. "Ainda há muito por fazer", afirmou no almoço em Mirandela. Recorreu igualmente ao IP4 para dar a entender que a política do betão não estava esgotada: "Não encontro muita explicação para o IP4 se encontrar onde o deixei precisamente há dez anos." Afirmou ainda que o desenvolvimento rural fazia "parte da nossa tradição cultural" e da "nossa identidade nacional".


[ do jornal Público de hoje, 2006/01/17 - Nacional :: "Cavaco Silva dispara tiro de aviso ao Governo", Nuno Sá Lourenço ]


O ministro das Obras Públicas e Transportes criticou, ontem, em Viseu, Cavaco Silva, que acusou de ter tiques e "querer dar uma táctica ao Governo, quando essa não é a função de um PR". "Cavaco Silva diz que apoiará todas as medidas do Governo com as quais ele concorda. Mas o Governo é que pode não concordar com muitas medidas com que ele concorda. E quem governa é o Governo e não o Presidente", disse o ministro, que pela primeira vez na campanha de Soares nomeou o candidato da direita.
Nas funções de um chefe de Estado não consta também a missão de dar tácticas ao Executivo, afirmou. "O Presidente não é eleito para dar uma táctica ao Governo e se Cavaco tivesse uma boa táctica para dar não teria saído do Governo e ainda hoje lá estaria", sublinhou.


...

O dia começou com um almoço entre amigos, na zona de Tarouca, que apenas contou com estruturas locais e elementos da candidatura, como José Junqueiro, presidente da federação distrital socialista, e o antigo presidente da Assembleia da República pelo PSD Fernando Amaral.
Como explicou, as razões do seu apoio a Soares são "íntimas e pessoais": "Quando fui presidente da AR convivi quer com Cavaco Silva, quer com Soares e, cotejando os comportamentos de um e outro, não poderia agora seguir a orientação do meu partido."


[ do jornal Público de hoje, 2006/01/17 - Nacional :: "Ministro Mário Lino ataca candidato da direita", Fernanda Ribeiro ]


Afinal e como era de esperar o candidato de direita começa a mostrar de novo o que entende por cooperação e diálogo.
argh! :-(

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Defini como objectivo para esta semana trabalhar para derrotar o Cavaco Silva. As eleições estão à porta e, surpresa das surpresas, Cavaco continua com maioria absoluta nas sondagens. Valem o que valem, mas continua a fazer-me muita confusão pensar que a maioria dos portugueses o vêem como um D. Sebastião, porque não será certamente por aquilo que ele (não) diz!
Se à partida entre mim e o Cavaco havia um conflito ideológico muito grave, acentuado pelos anos de governação em que imperou uma política de lobbies, de betão e de absurdos neoliberais como as privatizações de boa parte das nossas melhores empresas públicas, a campanha que ele tem feito levou-me a pensar que o Cavaco Silva pode efectivamente ser um fascista.
Assim, pensei em conduzir uma análise do candidato a Belém (ai que até dói pensar nisto), à luz das 14 características do fascismo (http://ellensplace.net/fascism.html). No entanto, a retórica demagoga do Cavaco Silva, impossibilita qualquer análise simples, que estaria ao nível do tempo que posso dedicar a um blog.
Verifiquei contudo que, na sua campanha, existem fortes e continuadas expressões de nacionalismo, a começar pelo seu cartaz: "Sei que Portugal pode vencer". Até me provoca tremores. É que para haver um vencedor é preciso haver uma competição em que há vencidos. Quem serão os vencidos, outros países? Quais? Só me ocorre pensar que sejam os países do Sul, os do costume, os colonizados e escravizados pela mão invisível (mas de efeitos bem visíveis) do sistema económico neoliberal que o Doutor Cavaco tanto defende.
Por outro lado, as suas ambições incluem que "a afirmação de Portugal no mundo não é independente das suas forças armadas". Ou seja, o uso da força, ou da demonstração do poder nacional como forma de promoção da imagem. E não rejeita a NATO.
O candidato também parece não gostar muito de imigrantes, pela ameaça que são à estabilidade da economia portuguesa. Há aqui, a juntar ao nacionalismo, um certo desdém pelos direitos humanos. Este é agravado pelos seus anos de governação, que reforçaram um estado policial, onde ocorreram vários actos de agressão a manifestantes políticos. São exemplo os que ocorreram pela mão dos estudantes na Assembleia da República e onde participei e assisti à violência.
O ex-libris deste estado de brutalidade policial está em Luís Miguel Figueiredo, jovem de 18 anos que foi baleado durante os protestos contra a portagem da ponte 25 de Abril em 24 de Junho de 1994. A polícia na altura alegou ter usado balas de borracha e disparado para o ar, mas veio a provar-se que a bala era verdadeira. O jovem ficou paraplégico, mas, como em qualquer estado policial, não foi possível provar o autor dos disparos. A queixa que o jovem apresentou foi assim metida na gaveta, mas quem devia ser julgado agora era Cavaco Silva, pelos portugueses, no próximo Domingo.
Olhando para o resto da lista de características do fascismo, fico tentado a continuar a percorrê-la e a preencher com memórias e pesquisas sobre a governação do firme e hirto Cavaco e o discurso que tem tido na sua campanha. Até o Santana já alertou para o perigo que o Cavaco seria por gerar um problema de (abuso de) poder institucional! Parece que, com tempo, iria parar a todas ou quase todas as categorias, mas esse tempo não existe e há outros activismos que tenho a fazer, contra ele e contra os sanguinários neoliberais e por este mundo que está constantemente ameaçado por todos eles.
Cidadãos acordados e conscientes de todo o país, uni-vos em acções subversivas contra o Cavaco! O perigo está à espera depois das eleições! Eu não vou ficar parado a ver!


Gualter no Palha de Erva

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Os Cromos do Coiso



A cábula de Cavaco


Questões sobre o PSD, Marques Mendes, Ribeiro e Castro e o outro partido:
Identificar-se como social democrata, sem dizer o que entende como tal. Dizer que a candidatura foi uma decisão pessoal, tomada com a família. Não esquecer de referir ser um candidato supra-partidário e independente.
Questões sobre a interrupção voluntária de gravidez, casamento entre pessoas do mesmo sexo, legalização da prostituição ou privatizações:
Dizer que é competência da Assembleia da República e do Governo. Não emitir opinião, sobre o que pensa em nenhuma circunstância.
Questões tensas do dia, Procurador Geral da República, caso Casa Pia ou venda da EDP:
Referir que não tem todos os dados da questão, que é um candidato à Presidência da República que pensa vencer as eleições e, como tal, só deve emitir opinião após as eleições e deter conhecimento aprofundado do dossier.
Questões sobre opção clubística, local da cidade onde gosta mais de viver ou prato preferido.
Tentar referir todos.
Questões sobre o Governo, Ministros ou José Socrates.
Dizer que quer ser Presidente da República para ajudar o Governo. Referir termo cooperação estratégica, sem explicar melhor.

NOTAS FINAIS:
No caso de algum jornalista mais impertinente lhe pedir para dar uma ideia daquilo que pretende fazer: Responder utilizando termos como Progresso, Desenvolvimento e Prosperidade dizendo-se muito preocupado com o desemprego. Dar exemplos de índices de desenvolvimento, comparar com Espanha, como tem feito. Não dar nenhuma ideia do que pretende fazer.
No caso de aparecer um daqueles jornalistas mais solicito e disponível para o servir sem lhe fazer perguntas:
Falar de economia (mais do que Louçã), do desemprego e dos mais carenciados (mais do que Jerónimo), dos dossiers (que Soares não estuda), do seu percurso académico (que os outros não têm) e dar um ar que tem cultura de acordo com a definição do Google (que Alegre não conhece). Em "sinal de respeito" nunca referir o nome dos seus adversários.

Também publicado no Mais Livre

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Os Cromos do Coiso



Os Cromos do Coiso



Os Cromos do Coiso



Preocupante:



Cavaco...



Com o professor...



Porque não nos esquecemos...



Desce, desce Cavaco desce...



Não Sabe/Não Responde


Depois de todos estes meses a sermos bombardeados com a campanha do Coiso cheguei a uma conclusão.
Se lhe perguntassem (a ele, ao Coiso) em quem votaria hoje? Para uma qualquer sondagem eleitoral a 500 alminhas maiores de 18 e com telefone fixo em casa, ele responderia como lhe é, agora, habitual e o inquiridor lá teria de pôr a cruzinha no NS/NR (Não sabe/Não responde).

O Coiso não abre a boca, ou abre-a daquela forma grotesca (como quem engole um sapo). O Coiso não tem opinião ou reserva-a para as conversas que já se imagina a ter com o PM. O Coiso não se compromete publicamente porque com alguma coisa se deve ter comprometido a quem lhe paga a campanha. O Coiso que não se engana e raramente tem dúvidas não pode fazer mais nada a não ser responder até à náusea: "Não sei/Não respondo"

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DÃO-SE ALVÍSSARAS!


A quem ouvir o Coiso a dizer qualquer coisa que não acabe em "empresas".

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o povo e quem mais ordena


SABEDORIA POPULAR

1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires Cavacar, põe-te a chorar.

2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Cavaco, mais cedo se enterra.

3) Cavaco a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.

4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Cavaco lixa-se.

5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Cavaco, tem cem anos de aflição.

6) Gaivotas em terra temporal no mar; Cavaco em Belém, o povinho a penar

7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Cavaco quem se quer afogar.

8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Cavaco, Cavacão, manhã de Inverno tarde de inferno.

9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Cavaco é burro mesmo.

10) Peixe não puxa carroça; voto em Cavaco, asneira grossa.

11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Cavaco empossado, povinho atropelado.

12) A ocasião faz o ladrão, e de Cavaco um aldrabão.

13) Antes só que mal acompanhado, ou com Cavaco ao lado.

14) A fome é o melhor cozinheiro, Cavaco o melhor coveiro.

15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Cavaco, não se faz à gente.

16) Boda molhada, boda abençoada; Cavaco eleito, pesadelo perfeito.

17) Casa roubada, trancas na porta; Cavaco eleito, ervas na horta.

18) Com Cavacos e bolos se enganam os tolos.

19) Não há regra sem excepção, nem Cavaco sem confusão.

20) De Boliqueime, nem bom vento nem porra nenhuma.

(citado do "voto é a arma do povo", onde veio por e-mail e ignoramos quem seja o autor)

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Europa não, Portugal nunca!






Nesta campanha faz falta um candidato como o Mário Viegas

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Os Cromos do Coiso



Todos menos ele!


Mais uma vez nosso blogue disparou nas visitas. É uma onda de anti-cavaquismo que só vai parar quando Cavaco for derrotado.

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As sondagens marktest


A sondagem diária da Marktest, embora só amanhã se possa retirar algumas tendências de voto, vai-nos desde já dizendo que é a geração mais jovem (18/34 anos) que menos vota Cavaco. Para verem os dados terão de se registar. É gratuito mas vale a pena.

Contudo, chamo desde já a atenção, para alguns factos sobre quem andam a entrevistar:
- Maioritariamente votantes do PSD (no dia de hoje - 172) - PS (152), BE (19), CDU (23) e CDS-PP (8)
- A faixa etária menos representada é a de 18/34 anos
- Em termos de "classe social" parece-me que não será bem o espelho do país... Alta/Média Alta(109), Média(132), Média Baixa/Baixa(245)

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Cavaco... velho Cavaco...


Cavaco comentou (abriu a boca e fechou) as declarações do ex-primeiro ministro Santana Lopes. [Os videos podem-se ver aqui e aqui, e desde já agradeço a quem os enviou para o nosso email].
Conforme se pode constatar, Cavaco quando interpelado por alguém de que não gosta, rapidamente sai do registo institucional para a sua proverbial arrogância e superioridade.

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O princípio do FIM


Começou agora e não pode mais parar, vamos recriar a "onda" que destruiu Cavaco há 10 anos

Embora continuando na liderança das intenções de voto, o candidato à Presidência da República apoiado por PSD e CDS-PP, Aníbal Cavaco Silva, voltou a descer na sondagem diária da Marktest para o DN e TSF, apresentando agora, pela primeira vez, um score abaixo dos 60% - 58,8%.

in Diário Digital

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Propaganda Cavaquista: a menina Kátia.


A máquina de Propaganda Cavaquista a funcionar nos media portugueses. Incrível:

Kátia Guerreiro, a «primeira-dama» da campanha de Cavaco

Sempre ao lado de Cavaco Silva, a fadista Kátia Guerreiro já ultrapassou o papel de mandatária para a juventude, conquistando o estatuto de «primeira-dama» da campanha do candidato presidencial.
Sem falhar uma acção, sempre sorridente, a fadista distribui panfletos na rua, chama a atenção para as pessoas que das janelas querem cumprimentar o candidato e até segura no microfone dos jornalistas que não conseguem «furar» para ouvir as declarações do «professor», a forma como sempre se refere a Aníbal Cavaco Silva.
Mas é à noite, quando em todos os jantares recebe o candidato cantando ao vivo o hino «Portugal Maior», que Kátia Guerreiro se destaca como uma das principais figuras da campanha.
«Fui eu que me disponibilizei para cantar em todos os jantares o hino ao vivo. Já que estou cá, senão até parecia que nem sabia o hino», explicou Kátia Guerreiro, em declarações à Agência Lusa.
Quando vêem a fadista subir ao palco e começar a definir o que é fazer «Portugal Maior» - «É romper a bruma/abrir o dia/é rasgar o medo/é fazer melhor» - os apoiantes já sabem que faltam poucos minutos para o antigo primeiro-ministro entrar na sala.
Nas noites mais sincronizadas, a chegada de Cavaco Silva ao palco coincide com o final do hino e os dois cantam o refrão final já de mãos unidas.
«O professor é um homem de afectos, mas muito reservado. Quando ele chega acima do palco e me dá um abraço ou me agarra na mão é pela emoção que está a sentir», explica.
A fadista e médica oftalmologista, que conhece Cavaco Silva há cerca de dois anos, não teme que a colagem a um político possa prejudicar a sua carreira.
«É uma coisa transitória. Depois de dia 22 regresso à minha vida normal», diz, acrescentando que tem tido algum cuidado na sua «exposição política».
«Eu não sou política, não posso começar agora a atacar os outros candidatos», justifica.
Talvez por essa razão, desde que foi apresentada como mandatária da juventude e até agora, os discursos que fez contam-se pelos dedos de uma mão, e limitam-se a enumerar as qualidades humanas de Aníbal Cavaco Silva.
No entanto, Kátia Guerreiro poderá, no decorrer da campanha, vir a ter acções paralelas, sem a presença do candidato, organizadas pelas juventudes locais.
Na rua, é reconhecida por alguns pela sua actividade de fadista e está contente com a notoriedade do hino de campanha, com a letra do histórico do PSD Dias Loureiro e musica de Francisco Proença de Carvalho, filho do advogado próximo da área social-democrata.
«Já toda a gente canta o hino, nem que seja quando chega a parte do "Portugal Maior". Mesmo quem não vem às acções de campanha, conhece o hino», congratula-se Kátia Guerreiro.
De facto, o hino é a única música de fundo de todas as acções de campanha de Cavaco Silva, repetido até à exaustão durante todo o tempo que duram os almoços e jantares.
Sobre as razões que levaram o candidato apoiado por PSD e CDS- PP a escolhê-la, Kátia Guerreiro, que se assume como independente, diz que apenas pode adivinhá-las.
«O professor admira muito o que tem ouvido falar de mim.
Quando se alia a pessoas de sucesso, ele próprio sabe o que batalhou para chegar onde chegou», diz.
Se Cavaco Silva for o próximo Presidente da República, Kátia garante que não «espera nada», mas não fecha a porta a novas colaborações.
«Tudo aquilo que o professor precisar de mim, estou sempre disponível», afirmou.
Diário Digital / Lusa

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Adivinha


“A CGTP acusou hoje os patrões das empresas portuguesas de subdeclararem os salários, desviando "milhões de euros" da Segurança Social, com "pesadas consequências" sobre o financiamento do sistema.
Em conferência de imprensa, o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, afirmou que - comparando as remunerações declaradas pelos trabalhadores por conta de outrem com os salários de base e os ganhos - verifica-se que "há um elevado volume de subdeclaração de salários".
In Público, 12-01-2006


Adivinha:

Quem é o candidato às eleições presidenciais que está em uníssono com os patrões portugueses?? Sobretudo, com os maus patrões portugueses.

Resposta:

a) Aníbal Cavaco Silva, o Messias.

b) O melhor amigo de Dias Loureiro

c) O "pobre"de Boliqueime. Aquele mesmo que foi tirar o curso a Londres na altura que a maioria dos portugueses nem dinheiro tinham para frequentar uma Universidade.


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argumento clarividente, aduzido por um leitor, que deveria ser suficiente para ninguém votar no coiso.

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mais 3 cromos do coiso



Quem somos?

    Fazemos parte de uma geração que nasceu politicamente com Cavaco Silva como Primeiro-Ministro. Organizámos e participámos em manifestações, vigílias e reuniões por um mundo que sabíamos não dever ser dominado por um gestor iluminado que com discursos de rigor escondia o desenhar da crise em que continuamos a viver. Porque temos memória, não esquecemos Cavaco, tal como não esquecemos os seus ministros. Não esquecemos as violentas cargas polícias sofridas, pelas escadarias da Assembleia da República e dentro das Universidades. Não esquecemos o spot da TSF que, da ponte 25 de Abril, lançava o grito para que "gajos ricos, gajos pobres"; se juntassem. Não esquecemos os políticos que Cavaco formou e que o continuaram; Durão Barroso, Santana Lopes, Valentim Loureiro, Isaltino Morais ou Alberto João Jardim. Não esquecemos em Cavaco, o contínuo desrespeito por tudo o que era cultura, arte ou memória. E também não esquecemos aquele dia em que Cavaco perdeu e que nos deixou reentrarmo-nos em torno das nossas vidas. Fomos desobedientes naquela altura e agora torna a ser necessário voltar a sê-lo!

    Ana
    Carlos Guedes [G.]
    Filipe Gil
    João Miguel Almeida
    João Paulo Saraiva
    Nuno Espadinha
    Tiago Mota Saraiva
    Z. N.

Centro de Estudos do Cavaquismo

    Quem faz uma procura na Internet sobre os anos em que este país viveu sob a égide de Cavaco, encontra muito pouca informação, quase nada. O Cavaco Fora de Belém é um blogue que pretende reavivar as memórias do que foi esse período negro da história de Portugal. Para tal propomo-nos recolher relatos, documentos, arquivos, imagens ou videos em formato digital, que nos permitam construir a história desse período e colocá-la online. Os vossos contributos, vindo directamente das caves e dos sotãos da história, podem ser enviados para este email: cavacoforabelem (@) gmail | com

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